Sim! Por quê? Porque normalmente, ao longo de nossa trajetória profissional nos tornamos especialistas em determinadas áreas ou tarefas, que como profissionais de letras, porém ir além da tradução. Alguém pode ser especialista em uma área que eu não domino ou vice-versa, ou alguém pode dominar o uso de uma ferramenta de tradução que para mim é novidade e na qual nunca mexi, não é verdade? Pois bem, o banco de tempo, só vem para nos ajudar, se trata de uma ferramenta baseada na troca e no excedente de demandas.
O banco de tempo tem uma grande vantagem que é, não é preciso de dinheiro, porém, as desvantagens podem ser a dificuldade de coincidir na oferta e a demanda das pessoas envolvidas, por isso, além de poder usado entre dois colegas tradutores, em um grupo pode funcionar melhor, mas lembramos, é preciso encontrar uma unidade de valor para as trocas ou permutas, mas tudo pode ser bem acordado e resultar uma boa ferramenta de parceria entre as partes.
Então, a unidade de valor neste caso é o tempo, que pode ser definido em horas, com sugiro, ou como melhor convir aos envolvidos. No caso de trabalhar em grupo, o aproveitando pode ser melhor, já que as possibilidades das ofertas e demandas coincidirem é maior.
Os princípios do banco do tempo são os seguintes:
– Todos temos habilidades e especialidades nas quais nos desempenhamos melhor.
– A redefinição do conceito trabalho dentro do grupo ou dupla de colegas tradutores.
– O fomento da reciprocidade e a troca vs. a dependência.
– O fomento da aprendizagem e a partilha recíproca.
Vejamos, a ideia é contabilizar as trocas e ajudas, e assim, administrar o banco de tempo. Cada tradutor terá um controle das horas de crédito ou debito que tiver, então, cada tradutor pode oferecer ou solicitar serviços.
Como funciona: cada tradutor pode entrar em contato com outro para fazer a troca ou permuta de ajuda, depois de cada troca, ambos tradutores registram e contabilizam as respectivas horas de crédito ou débito.
Como mencionado anteriormente, as horas podem ser as unidade de controle do tempo. E os objetos de troca são os serviços que podemos oferecer ou precisar: uma parceira justa e controlada. Desta forma, é possível evitar o oportunismo, mas é preciso um acordo sério para evitar a desconfiança e entendimentos errados, lembrando que o banco do tempo só pode se dar entre tradutores que querem oferecer ajudar e receber, e a reciprocidade de demandas precisa de existir. O interessante desta ferramenta é que, por se tratar de um mesmo tipo de serviço, a tradução e demais relacionados a letras, facilita o trabalho de ambas as partes. E para terminar, o melhor, como nosso trabalho é 99,99 % por internet, as pessoas não precisam estar no mesmo local para realizar a troca e o uso da ferramenta, o banco de tempo.
Tenho feito uso do banco de tempo com alguns colegas tradutores e escritores, em traduções, revisões e redações, e é uma experiência muito bacana. Pois bem, deixo com vocês essa sugestão. E se alguém já trabalha com essa ferramenta, por favor, comente sua experiência.
Obrigado!